[Agroecologia] URGENTE - contra milho transgênico

Quimet quimet.sodepau en nodo50.org
Mie Nov 29 22:33:46 CET 2006


Asunto: Fw: URGENTE - milho transgênico
Para: 
<mailto:%22Undisclosed-Recipient%3A%3B%22%40itacaiunas.cepatec.org.br>Undisclosed-Recipient:;@itacaiunas.cepatec.org.br

 >> Estimados companheiros e companheiras
 >>
 >> Esta em curso uma manobra das empresas transnacionais na CTNBIO para
 >> liberaçao de uma variedade de milho transgênico, que opode colocar em
 >> risco todas as variedades de milho cultivadas pelos pequenos
 >> agricultores,
 >> Leia o manifesto abaixo, se você concorda em somar a essa iniciativa da
 >> campanha brasileira contra os transgênicos, por favor assine. Pode ser
 >> pessoa física ou jurídica e envie até dia 30 de novembro para
 >>
 >> Apsta a/ gabriel
 >> adesões podem ser enviadas para nós 
(<mailto:gabriel%40aspta.org>gabriel en aspta.org ou fax 21 2233
 >> 8363).
 >> Se quiser fazer sua propria carta fique a vontade e envie ao Gabriel,
 >> que ele fará chegar às autoridades.
 >> O referido manifesto será entregue em audiência a ser marcada para o
 >> início do mês de dezembro.,
 >> abraços
 >> Via campesina Brasil
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> Brasil, novembro de 2006
 >>
 >>
 >>
 >> Exmo.sr.
 >>
 >> Ministros da Ciencia e Tecnologia
 >>
 >> Ministra do Meio Ambiente
 >>
 >> Ministra da Casa Civil.
 >>
 >>
 >>
 >> Assunto: Exigimos rigor cientifico antes de liberar o milho transgenico,
 >> que pode contaminar todas nossas variedades de milho ora cultivadas pelos
 >> pequenos agricultores.
 >>
 >>>>
 >> A CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança está discutindo a
 >> primeira liberação comercial de um produto transgênico desde a
 >> promulgação e regulamentação da nova Lei de Biossegurança, que o
 >> Presidente Lula afirmou ser um exemplo para o mundo.
 >>
 >>>
 >> Liberada por medida provisória, a soja transgênica já está sendo plantada
 >> e consumida no País sem qualquer avaliação de riscos para o meio ambiente
 >> e para a saúde dos consumidores e sem rotulagem.
 >>
 >>>>
 >> Mas como será que a nova CTNBio vai avaliar os riscos do milho
 >> transgênico conhecido comercialmente como Liberty Link? Este milho
 >> transgênico é resistente ao glufosinato de amônio, herbicida produzido
 >> atualmente pela multinacional Bayer com o nome de Finale mas que vai
 >> passar a se chamar Liberty (assim como o herbicida Roundup e a soja
 >> Roundup Ready, da Monsanto).
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> É HORA DE SE APLICAR A CIÊNCIA COM SERIEDADE!
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> Já são muitas as pesquisas científicas independentes que vêm levantando
 >> inúmeros riscos de vários produtos transgênicos para a saúde dos
 >> consumidores e para o meio ambiente. Ao contrário das pesquisas feitas
 >> pelas empresas para justificar a suposta inocuidade de seus produtos,
 >> estas pesquisas independentes são publicadas em revistas científicas, ou
 >> seja, seus métodos e resultados são submetidos à revisão crítica por
 >> outros cientistas.
 >>
 >>
 >>
 >> As referências que se seguem são apenas uma amostra das críticas
 >> científicas de peso aos produtos transgênicos:
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Em 2004, a revista Biotechnology and Engeneering Reviews publicou,
 >> no seu número 21, artigo em que os autores denunciam "... que é espantoso
 >> que as agências reguladoras [dos transgênicos] se baseiem exclusivamente
 >> nas informações fornecidas pelas indústrias e que esses dados não sejam
 >> publicados em nenhum jornal científico nem submetidos à expertise de
 >> outros cientistas."
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Em novembro de 2003, cientistas de dois renomados centros de
 >> pesquisa do INRA (a Embrapa da França) relataram que o milho T25 Liberty
 >> Link da Bayer não mostrou estabilidade nos experimentos por eles
 >> acompanhados; que os transgenes tinham se rearranjado e que não
 >> correspondiam mais à caracterização genética apresentada inicialmente
 >> pela empresa.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Artigo publicado pela revista New Scientist relatou pesquisas de
 >> cientistas dinamarqueses constatando que a bactéria Bacillus
 >> thuringiensis (Bt) presente em vários produtos transgênicos troca parte
 >> de seu DNA com outras bactérias aparentadas e que estas provocam vômitos
 >> e problemas respiratórios em seres humanos.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ A argumentação das empresas para pedir a liberação de seus produtos
 >> transgênicos não se baseia em testes de toxicologia ou de alergenia, mas
 >> no princípio da equivalência substancial. Este princípio já foi
 >> amplamente denunciado por vários cientistas como não científico (revista
 >> Science, outubro de 1999) pois identifica apenas aspectos da composição
 >> química dos produtos transgênicos e convencionais para compará-los,
 >> deixando de lado as eventuais diferenças biológicas e toxicológicas. Além
 >> disso, não existe uma definição científica de qual seria o nível de
 >> discrepância na composição dos produtos que indicaria uma "diferença
 >> substancial".
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Mesmo com a precariedade da equivalência substancial, o Jornal of
 >> Nutrition, dos EUA, publicou estudos já em 1994 indicando que existem
 >> diferenças significativas entre a soja transgênica RR e a soja
 >> convencional tais como 27% a mais de um agente patógeno, a tripsina, que
 >> pode inibir a digestão de certas proteínas e retardar o crescimento de
 >> animais e uma sensível diminuição de proteínas e do ácido aminado
 >> fenilalanina.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Em Junho de 2002 o diretor do Advisory Committee on Release to the
 >> Environment, da Inglaterra, questionou os testes realizados pela Bayer
 >> para pedir a liberação do milho transgênico Liberty Link, já que os
 >> mesmos indicaram uma taxa de mortalidade duas vezes mais elevada em
 >> galinhas alimentadas com este produto em comparação com outras
 >> alimentadas com milho convencional. A empresa descartou este fato na sua
 >> análise.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Em setembro de 2004 o Conselho Nacional de Ciências e o Instituto de
 >> Medicina dos EUA publicaram um relatório declarando que o princípio da
 >> equivalência substancial, usado pelas agências governamentais como base
 >> para a liberação de transgênicos não basta para garantir a inocuidade
 >> destes produtos e que testes experimentais caso a caso deveriam ser
 >> realizados.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Artigo publicado no Journal of Biomedicine and Biotechnology em 2006
 >> afirma que a inserção de um transgene no genoma de uma planta é raramente
 >> um ato preciso e que mutações genéticas são freqüentemente observadas.
 >> Lembramos que o dogma da indústria dos transgênicos é que a biossegurança
 >> destes produtos repousa na estabilidade do genoma e na precisão da
 >> técnica.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Pesquisa do INRA publicada em dezembro de 2005 indica que o uso de
 >> herbicidas cresce com o uso de transgênicos tais como a soja RR e milho
 >> Liberty Link, entre outros, ao contrário do que proclamam as indústrias.
 >>
 >>
 >>
 >> Þ Os debates na Inglaterra para a liberação comercial do milho
 >> transgênico Liberty Link, da Bayer, em fevereiro de 2002 levaram a
 >> empresa a admitir que a comparação entre a composição química do seu
 >> produto e do milho convencional não é uma indicação de segurança. Por
 >> outro lado, foi amplamente criticado o fato de que os testes com animais
 >> foram realizados com espécies como ratos e galinhas e não com bovinos, já
 >> que o milho é indicado como alimentação destes animais. Mais ainda, o
 >> milho Liberty Link não passou pelos testes de Identidade, Uniformidade e
 >> Estabilidade, exigidos pela legislação da União Européia.
 >>
 >>
 >>
 >> Estes poucos e contundentes exemplos de pesquisas científicas indicando
 >> os riscos dos transgênicos deveriam ser suficientes para que um grupo de
 >> cientistas e representantes do governo e da sociedade civil membros da
 >> CTNBio não aprovassem a liberação do milho Liberty Link da Bayer ou
 >> qualquer outro transgênico no Brasil. Porém, pelo comportamento pouco
 >> científico de parte desta Comissão, fica a impressão de que os interesses
 >> das empresas ainda prevalecem sobre os interesses da biossegurança dos
 >> consumidores brasileiros e do meio ambiente do País.
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> PAREMOS COM A LEVIANDADE NA BIOSSEGURANÇA!
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> A CTNBio ainda não discutiu critérios e regras de avaliação de risco das
 >> liberações comerciais e nem mesmo das liberações para pesquisas de
 >> transgênicos fora de laboratórios, no meio ambiente. No entanto, a
 >> Comissão aprovou neste ano centenas de pesquisas nestas condições e
 >> colocou em pauta a liberação comercial de transgênicos da mesma forma
 >> açodada e irresponsável.
 >>
 >>
 >>
 >> Recentemente, tentou-se fazer aprovar a importação de milho transgênico
 >> da Argentina de forma subreptícia, inserindo a decisão de introduzir no
 >> País centenas de milhares de toneladas deste produto no meio de outras
 >> que tratavam de autorizar alguns quilos de sementes para pesquisa. Quando
 >> este procedimento irregular foi questionado internamente na CTNBio, o
 >> debate passou a ser a questão da economia supostamente trazida por esta
 >> importação e não a biossegurança do milho argentino, nunca testada no
 >> Brasil.
 >>
 >>
 >>
 >> Vários membros da CTNBio protestaram contra a exigência legal de
 >> apresentarem cartas indicando os seus potenciais conflitos de interesse
 >> nos julgamentos da Comissão. No final foram assinadas declarações tão
 >> genéricas que não identificam quaisquer conflitos. No entanto, muitos dos
 >> mais fervorosos defensores dos transgênicos na Comissão estão envolvidos
 >> em pesquisas de desenvolvimento destes produtos e deveriam deixar claro
 >> que pesquisas são essas e quem as paga. Desta forma ficaria transparente
 >> a impossibilidade destes membros votarem em processos em que estejam ou
 >> estiveram envolvidos ou nos quais empresas que os financiam ou que os
 >> financiaram estejam envolvidas. Alguns cientistas sequer deveriam ser
 >> membros da Comissão, por serem filiados a organizações de promoção do uso
 >> de transgênicos financiadas ou relacionadas com empresas de biotecnologia
 >> cujos produtos eles terão que julgar na Comissão.
 >>
 >>
 >>
 >> Porque a Comissão não usa os métodos de avaliação de riscos ambientais
 >> desenvolvidos por uma equipe internacional de cientistas de instituições
 >> públicas, entre os quais estão pesquisadores da Embrapa? A Comissão
 >> poderia tê-los convocado para expor essa metodologia mas não o fez e
 >> preferiu pedir pareceres de especialistas externos sem qualquer
 >> orientação sobre o que deve ser observado na análise de riscos e como. Em
 >> outras palavras, a análise dos riscos (que em geral limita-se à avaliação
 >> do dossiê apresentado pela empresa interessada) fica ao critério de cada
 >> um desses pareceristas.
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> EVITEMOS A POLUIÇÃO GENÉTICA!
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> Além dos riscos para a saúde dos consumidores e para o meio ambiente, a
 >> liberação do milho transgênico tem riscos elevados para a diversidade das
 >> variedades de milho do Brasil. A contaminação das variedades de milho
 >> convencional e do milho crioulo pelo milho transgênico será devastadora.
 >>
 >>
 >>
 >> Há centenas de variedades de milho crioulo desenvolvidas pelos
 >> agricultores familiares ao longo de gerações e que são bem adaptadas às
 >> condições ambientais e aos objetivos produtivos desta categoria. Em
 >> particular, estas variedades são bem adaptadas às práticas da
 >> agroecologia e sua desaparição levará a uma grande fragilização deste
 >> modo sustentável de produzir que é economicamente rentável e
 >> ambientalmente saudável.
 >>
 >>
 >>
 >> Para agravar o problema da poluição genética, as multinacionais de
 >> biotecnologia ainda podem reclamar direitos de propriedade intelectual
 >> sobre a produção e as sementes contaminadas. Isso acontece em outros
 >> países e aconteceu no Brasil com a soja transgênica da Monsanto.
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> DEFENDAMOS NOSSA SOBERANIA!
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> Finalmente, é preciso pensar também na soberania nacional. A entrada da
 >> soja transgênica no Rio Grande do Sul substituiu dezenas de variedades
 >> convencionais desenvolvidas pela Embrapa e bem adaptadas a várias
 >> condições ambientais do estado por apenas umas poucas em que o poder
 >> proprietário da empresa Monsanto é total, já que detém o monopólio da
 >> tecnologia da transgenia.
 >>
 >>
 >>
 >> No caso do milho o problema será ainda maior pois as empresas
 >> multinacionais de biotecnologia detêm mais de 70% da oferta de sementes
 >> convencionais de milho e não deixarão de substituí-las pelas transgênicas
 >> assim que este cultivo for liberado.
 >>
 >>
 >>
 >> Estas são algumas das poderosas razões que nos levam a cobrar seriedade
 >> da CTNBio e a sua independência em relação aos interesses das empresas.
 >>
 >>
 >>
 >>
 >>
 >> atenciosamente,
 >>
 >>
 >>
 >> ASPTA
 >>
 >> Campanha brasileira contra uso de transgênicos.
 >>
 >> Via campesina Brasil
 >>
 >> Movimento dos trabalhadores rurais sem terra-MST
 >>
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------------ próxima parte ------------
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